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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O livro vai acabar. Um dia.



Eu não sei o que anda acontecendo de verdade no mundo.

Lemos matérias falando sobre o hábito de ler, mas já faz algum tempo que não confio 100% em pesquisas.

Mas no Brasil, eu vejo ao vivo e a cores: As pessoas não tem o hábito de ler.

Embora vejamos pessoas lendo no metrô, no ônibus, nos parques, ainda não pude fazer uma intervenção real que me desse informações confiáveis sobre o hábito.

A tendência é que a cada dia leiamos mais usando ferramentas tecnológicas. Isso vai mudar muita coisa, formas de desenvolver o pensamento, possibilidades de interação com imagens e fontes diversas e tudo aquilo que você, leitor do Amália sabe bem. 

Mas o livro de papel ainda está aí, aos montes.

E para quem gosta, lindos, maravilhosos sensacionais!

Vejam bem, nossos alunos (de todos os níveis) salvo raras exceções, não são estimulados a ler.

Nossa grade curricular indica livros que ao meu ver são inadequados para aquelas idades.

Nosso sistema educacional que promove alunos sem que estejam prontos para o próximo nível, produziu milhares de analfabetos funcionais.

Você pode observar e vai constatar que a maioria faz uma leitura silábica e pior, vocalizando. É como se o cérebro não registrasse o símbolo impresso.

Talvez seja resultado de anos de TV, vendo imagens e ouvindo o som. Ah sim! E sendo ensinado a ver cada dia mais TV!

Mas não pensem que sou contra o uso da internet ou da TV como fonte de informação. Aliás sou super adepta!

Porém, eu sei ler... 

E isso significa que sei interpretar o que leio. E que tenho conteúdo assimilado o suficiente para ter opinião sobre o que leio.

E nossos leitores meia boca? 

Será que sabem distinguir entre fontes confiáveis e não confiáveis?

Será que sabem como buscar o conteúdo de que precisam?

Gente! tudo isso depende de uma estrutura e uma dinâmica cognitiva que a maioria não tem!

Como vai ser o futuro deste país?

Continuaremos, por "ignorância inocente" sendo sequestrados por políticos espertos que sabem fazer campanhas que nos induzam a pensar que suprirão nossas carências para depois fazerem o que vemos por aí?

O livro vai acabar. Um dia.

Espero que até lá algo possa ser feito para reprogramarmos o cérebro do brasileiro.