Nas eleições anteriores postei o debate aqui quase linha a linha.
Desta vez, até o penúltimo bloco cheguei a recolher material para repetir a dose. Desisti.
Desisti porque não faria sentido.
O debate foi cansativo e sem novidades.
Embora seja um mecanismo democrático importante, ninguém merece ficar horas ouvindo nada...
Continuam indispensáveis os candidatos sem chances de vitória já que eles desfilam a vontade entre os "grandes" falando como fala o povo em momentos de desabafo.
Ninguém precisava de um debate para saber o que temos pela frente.
A situação atual é conhecida por todos nós. A inflação dispara a cada dia, os empregos que eles dizem que existem são muito mal remunerados, isso quando existem realmente. A saúde é o caos. Se melhorou lá nos confins do país com a presença do mais médicos, continua indecente no resto do país. E o que chamam de melhor "lá" é muito relativo e depende da avaliação daqueles que recebem o atendimento. Fica a pergunta: eles sabem avaliar a qualidade do serviço? Duvido. De educação já falei demais. E repito que ensino técnico sem base anterior é nada, forma robôs e robôs pouco eficientes.
As outras possibilidades também não nos estimulam. Como olhar para um ex participante de determinado partido como algo novo?
Um dos pontos importantes a observar em debates é a capacidade de expressão dos participantes e nisso também não há discussão. Apenas Aécio consegue responder a perguntas de forma compreensível.
Tudo bem que o debate não encerra o caso, não fecha a porta as análises necessárias na decisão das urnas.
Mas poderia ser feito de outras maneiras.
Sou a favor inclusive de uma espécie de sabatina on line, através das redes sociais e também um debate no mesmo formato.
Quem está nas redes sabe que a presença de políticos e gestores públicos dispostos a ouvir e a responder à população é algo muito bom e mostra coragem para uma exposição pública indispensável.
Quanto aos jornalistas, exceto Pannunzio, não foram úteis.
Foi apenas uma propaganda política coletiva.
Não muda nem acrescenta nada a opinião de ninguém.
E aí está o perigo.
As pessoas que responderam às pesquisas sabem em quem estão dizendo que vão votar? Me parece que não.
Seja lá quem for o vencedor, terá uma batalha tenebrosa pela frente.
O próximo presidente não terá como esconder por muito tempo a real situação do país, como vem sendo feito há anos.
As medidas para a correção do rumo ao desastre não serão nem um pouco populares. Serão duras, causarão desconforto. E sabemos que quem mais sofre com isso são sempre os mesmos...
É assustador.
E para enfrentar o monstro que temos pela frente, não é possível considerar quem fez o que fez nos últimos anos nem quem imagina que o país se resume ao campo e aos índios ou coisa que o valha.
Experiências bem sucedidas e boa assessoria são as únicas âncoras possíveis no momento.
E apenas um candidato oferece isso.
É aguardar e rezar, orar, macumbar, sei lá!
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