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sábado, 13 de julho de 2013

Esse tal de Rock and Roll

"Roquem é ele? Quem é ele?

Esse tal de Roque Enrow?


Uma mosca, um mistério,


Uma moda que passou


E ele, quem é ele?


Isso ninguém nunca falou" (Rita Lee)








Pois é, mais um 13 de Julho, mais um Dia "mundial" do Rock (entre aspas porque só é comemorado aqui).

Data escolhida por marcar o Live Aid de 1985 que uniu em shows incríveis EUA e Inglaterra em prol do fim da fome na Etiópia, o que importa é que o rock é um velho senhor que continua a rebolar e gritar mundo afora por 7 décadas!

Acho muito estranho ver os repórteres de tv fazendo matérias sobre o dia de hoje e dizendo: " a sra/sr não tem muita cara de roqueiro" referindo-se a pessoas de 50, 60 anos que vão aos shows comemorativos  sem o uniforme esperado.

Que cara tem o roqueiro? A do seu filho de 18 anos ou da sua avó de 80?

Qualquer uma oras!!!

Muitos ritmos foram apresentados ao mundo nesses 70 anos, mas nenhum tem tantos fãs incondicionais que até ouvem outras coisas, mas voltam às guitarras e baterias em pouco tempo...

No início, como em tudo o que é novo, houve resistência, críticas e maledicências, o tempo passou, o rock mudou e levou com ele parte da sociedade mundial.

Adoro lembrar de uma entrevista de Mick Jagger (pena que não me lembro onde)em que ele dizia aos 30 anos, que se sentiria ridículo cantando Satisfaction aos 40. Está aí, cantando e dançando aos 70...

.

Aos desavisados que não reconhecem a força da arte, sua capacidade de atravessar os tempos eu diria que nos próximos 13 de Julho, prestem atenção ao que sai das caixas de som e não às rugas de quem está cantando ou ouvindo! 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

#SINDFAIL?

Então...

Eu havia dito que estava achando essa manifestação anunciada para o dia 11 muito devagar...



Parece que não errei, os números falam por si e pelo contraste com as manifestações de Junho .



E acredito que o motivo é simples. O que os sindicatos tem feito pelos trabalhadores nos últimos anos? Muito pouco, além de sempre estarem vinculados a esse ou aquele partido que nem sempre são unanimidade entre seus membros.

Aliás, há algum tempo, tudo o que lembra partidos e políticos vem sendo rejeitado pela população.

O Brasil "que acordou" há poucos dias, foi despertado pela iniciativa de desconhecidos que levantaram uma bandeira que interessava a todos e que por não representarem lideranças instituídas deixaram que outras bandeiras (diversas ) fossem empunhadas durante as manifestações.

Aquelas manifestações descreveram melhor o que a população não aguenta mais.

As declarações pré 11/07 feita por sindicalistas, pareciam textos decorados, sem força, embora também falassem de revindicações populares.

Também não vejo nos sindicalistas de hoje o carisma necessário. Lula que o diga! 

Liderança é algo que até se pode aprender, mas nesse meio, é importante que o líder seja naturalmente carismático e que seu pensamento seja coerente com o momento que atravessamos.

A população não entra mais em acordo com o que os discursos de políticos e da mídia dizem. Ela hoje, começa a ter a necessidade absoluta de discursar, aos berros sobre o que vive no dia a dia, sobre os sobressaltos das idas ao mercado, à feira, ao médico, à escola ou à delegacia....

Paralisação geral? Talvez ela ocorra qualquer hora, mas surgirá do anseio das pessoas.

Evitá-las é papel de quem está no comando, fazendo aquilo para o que foi posto lá: trabalhar pelo país e pelo seu povo.



segunda-feira, 8 de julho de 2013

Médicos de novo

Parece que agora vai.

O governo federal já delineou a contratação de médicos para periferias e interior do país.



Pelo que vi não há nada de muito novo alem da dispensa do REVALIDA, da obrigatoriedade de trabalhar no SUS por 2 anos (para novos médicos) e da definição do salário de 10 mil reais.

Pois bem. 

O governo diz ainda que os brasileiros terão prioridade na escolha de vagas e que os estrangeiros só serão chamados para vagas não preenchidas.

Então pode mandar as passagens porque duvido que brasileiros trabalharão por 10 mil. Europeus também não. Sobram, claro, os cubanos. Parece que isso resolve a situação para alguém, certo?

Mas desisto de discutir isso.

Quero apenas lembrar alguns detalhes que considero importantes diante da situação:

-Já disse e repito: estrangeiros terão dificuldades de comunicação especialmente no interior. Esse item me faz lembrar uma aula na faculdade em que  o professor nos chamava a atenção para expressões idiomáticas e palavreado próprio dos moradores de periferia especialmente os migrantes. Ficamos espantados! Era praticamente necessário criar um dicionário específico.... Imagine para alguém de língua estrangeira!



-Não revalidar diplomas estrangeiros é muito arriscado. Aliás, a população usuária de serviços médicos espera ansiosa por uma prova de avaliação até de nossos médicos, aos moldes do exame da OAB...

-Quanto aos 10 mil por 8 horas/dia é necessário fazer um outro cálculo, aquele que dirá quantos pacientes serão atendidos neste período, afinal, os médicos também tem um desgaste no uso de seus conhecimentos e médicos estafados erram mais.

-Hoje em dia, os médicos (de qualquer lugar) tem uma dependência imensa dos recursos laboratoriais e tecnológicos. Não são mais como aqueles antigos que diagnosticavam sem auxílio de exames ou aparelhos. Portanto, além de médicos tem que haver estrutura adequada e não o contrário como está sendo proposto (diz o governo que no próximo ano investirão em estrutura e novas unidades).

-Não entendo também, porque diabos falam em médicos de forma genérica. Hoje, o foco é em especialidades, certo? Portanto, as áreas carentes precisam também de especialistas.

-Porque diabos também, não assumem de vez que precisamos de médicos capazes de lidar com o básico do básico? Doenças que só existem por força da falta de saneamento e de educação sanitária? Será que não é o caso de contratarem também, enfermeiros, psicólogos e educadores de saúde? Isso pra não falar dos especialistas em medicina sanitária e especialmente em doenças tropicais...

-E engana-se aquele que ouve as novidades anunciadas e acha que ali se encerram os problemas da saúde do país. Esquecem que há uma enorme necessidade de pensar urgentemente em logística de transporte? Ou alguém esqueceu que muitas das áreas a serem atendidas permanecem alagadas durante a maior parte do ano, ou que estão muito longe de hospitais? Seria preciso investir em atendimento em barcos (como a marinha faz) e no uso de aviões para transporte em emergências. Que tal diminuir o uso dos jatos da FAB para levar autoridades a festas e jogos de futebol e usá-los no transporte de pacientes?

Que tal também atacar o desvio de dinheiro, o super faturamento de contratos e licitações? 

E por favor! lembrem-se! Estamos às vésperas de uma campanha eleitoral e no meio de uma "ressuscitação" assustadora (para políticos)da população do país. Nestes momentos, tudo se diz,mas nem sempre se faz, a não ser que fiquemos muito atentos e ouçamos todos os envolvidos.