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quinta-feira, 29 de março de 2012

Administrar Cidades

Mais um ano de eleições municipais.

Mais blá blá blá, mais brigas de foice, mais surpresas, mais expectativas.

Quero ver quando é que poderei escrever algo que indique que tudo de bom aconteceu entre uma administração e outra....

São Paulo vem pensando e agindo sobre conceitos excelentes (faço poucas ressalvas) desde 2008 com a criação de um plano de metas (veja mais em  http://www.agenda2012.com.br/ )

Mas não é sobre administrar São Paulo que quero falar. Sobre administrar cidades, qualquer cidade.

Não vou considerar as diferenças de tamanho, geográficas, econômicas nem nenhuma outra. Sei que isso significa adaptações e compreensão clara de necessidades.

Qualquer administrador público tem um árduo trabalho em mãos.Mas seja lá qual for o tamanho do seu município, os princípios para a gestão são os mesmos. E todos querem ao menos algum resultado.

O problema é que deveriam querer muitos resultados, todos se possível. Mas nunca é essa a prioridade. As prioridades ficam por conta do sucesso pessoal, do estrelismo, da projeção para cargos mais altos.

E o resultado é esse que ta aí. Entra ano, sai ano e os problemas parecem que são insolúveis além de se multiplicarem.

Todos nós reclamamos muito. É quase um vício. Mas poucos fazem algo em prol de uma mudança.

Como cidadãos, ignoramos nossos mecanismos e direitos de controle sobre a coisa pública. Nos posicionamos como subalternos dos ocupantes de cargos públicos e políticos, esquecendo que a relação deveria ser o contrário:: eles é que tem que nos dar satisfações e atender aos nossos anseios...

E os cidadãos que por acaso também são funcionários públicos então?

Só Deus sabe o quanto é difícil fazer com que aceitem mudanças!

Todo gestor ou funcionário público que acredite e tente estruturar planos gestores eficientes que busquem a eficácia da máquina pública, sabe do que estou falando.

A primeira barreira são os próprios funcionários que vêem nas novas ideias (que nem são novas, apenas na área pública!) uma ameaça. Uma ameaça ao estabelecido. Ao "sempre foi assim". Não compreendem que aquelas coisas das quais reclamam o tempo todo, só acontecem por sua inércia e falta de entendimento de seu real papel.

As alegações parecem sim fazer sentido: salários baixos, falta de planos de carreira e inexistência total de critérios de meritocracia. Mas me digam: quem em sã consciência vai considerar o mérito de quem se recusa a fazer o que tem que ser feito? Qual prefeito e autoridades vai se sentir realmente cobrado a melhorar as condições de seus funcionários por pessoas que raciocinam na base do toma lá da cá? Que só imaginam uma atuação positiva em troca de cargos e maiores salários?

Não deveria ser o contrário? Na iniciativa privada é.

E vai você tentar colaborar no sentido de apoiar boas ideias e iniciativas! O boicote e as críticas infundadas são certas!

Portanto, precisamos entender que os futuros prefeitos tem que ter mais do que um belo discurso ou uma série de obras no currículo.

Do jeito que a coisa tá hoje, não há muito o que fazer, as eleições estão aí e vão acontecer da forma habitual.

Mas será que não dava para a população decidir por atuar firmemente no sentido de forçar as novas administrações a cumprirem o seu papel?

Não dava para os funcionários públicos olharem para suas repartições como empresas das quais são "sócios", que sobrevivem de seus impostos? Além disso deveriam pensar sobre o fato de que a atuação da empresa publica onde trabalham faz parte de sua identidade, de sua imagem...

Quanto aos futuros prefeitos que por ventura tenham em mente uma boa administração, recomendo que reflitam que agir com eficiência buscando resultados reais lhe daria mais projeção do que grandes e inúteis obras. E tenham certeza que mais do que qualquer outra coisa, há uma necessidade imensa de mudarmos a cultura vigente no funcionalismo em todos os níveis.

É uma tarefa difícil, não transforma ninguém em estrela da vez, mas pode fazer com que se transformem em um nome para a história.

Administrar cidades é administrar pessoas. As pessoas que se beneficiam delas e aquelas que a fazem funcionar.

Pensem nisso.

sábado, 24 de março de 2012

Para o Mundo que eu quero descer!

Muito inquieta hoje.

Uma vontade estranha de sair... eu, que adoro ficar "na caverna" ainda mais sem ninguém por perto...

Mas sair prá fazer o que? Pensa daqui e dali prá descobrir de onde vem a sensação: Para o mundo que eu quero descer!

É um querer sair deste mundo em que estamos vivendo...

Não pertenço à ele. Sou diferente.



Calma! Não é soberba não, é real! Não me adapto de jeito nenhum ao que tenho visto e vivido por aí...

Nas últimas semanas tenho enfrentado cada situação absurda que olha....

Já não chega tudo o que nos chega pela mídia em geral como os fatos políticos, econômicos, o cotidiano mesmo, que já são duros de engolir vi coisas complicadíssimas ao vivo e a cores.

Essa turbulência interna já vinha se manifestando há tempos. Ainda bem acordei a tempo e "voltei " à antigas raízes, meios objetivos de retomar o prumo. Tinha até me esquecido deles, abandonado, perdido a noção de que são ótimos caminhos para nosso próprio centro. Só por isso sobrevivi.

O que houve nos últimos tempos?



Bom... sei lá o que indigna vocês né...

Mesmo assim vou enumerar algumas coisas:

1- o mal de todos os tempos: ter que disciplinar um coração selvagem...
2- VER com meus próprios olhos e mais de uma vez, funcionários públicos agindo de forma absolutamente anti ética.
3- Constatar mais uma vez que a cada dia o brasileiro se acostuma mais e age cada vez mais parecido com o que lhe é imposto diariamente pelos sacanas  que estão no poder.
4- Ter que lidar com a absoluta falta de vontade da maioria quando o assunto é melhorar, profissionalizar, regrar (minimamente) o serviço público.
5- Ver amigos influentes (por articulados e hábeis com palavras) excluírem de suas percepções aspectos positivos de uma cidade e de um povo para pautar exclusivamente nos problemas que enfrentam.
6- Ouvir de quem deveria explicar a um grupo os mecanismos de arrecadação de impostos, os mecanismos para fugir deles...
7 - VER que pessoas com nível médio e superior não conseguem passar por um ditado! Isso mesmo, um ditado, simples, básico e na língua nativa....
8 - ter que observar diariamente a falta de educação das pessoas em São Paulo e a valorização de tudo o que é banal e supérfluo.
9- sentir que a cada dia tenho mais certeza de que o mundo não tem jeito, já que é feito pelas pessoas e elas a cada dia pioram suas ideias e comportamentos.
10- descobrir que vou ter que pagar imposto de renda! Renda? Que renda?? enquanto isso religiosos e suas organizações não pagam, pessoas físicas e jurídicas se especializam em sonegação, licitações são fraudadas....

Tenho amigos que ao lerem isso vão querer puxar minha orelha. São otimistas incuráveis Mas ser otimista diante do que se passa, tá virando delírio!

Não tenho ou não vejo sugestões de mudanças positivas? Tenho sim e vocês sabem disso.

Mas cada vez mais me sinto desconfortável em expô- las, discuti-las. Elas não fazem eco, não são acolhidas a não ser por meia dúzia de gatos pingados que não tem a força necessária para mudar o todo.

Qual a saída? Me isolar e ser o que quero. Mas isso me daria uma sensação de covardia....

Então, repito: PARA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Eu faria diferente

Sabe essa história de tirar os crucifixos dos orgãos públicos?

Eu faria diferente.

Pensem bem. O Brasil tem por norma que é uma nação laica desde que se tornou uma república. Isto significa que é "indiferente" às religiões, portanto, a existência do crucifixo em tribunais e outros orgãos públicos não teria sentido alem de contradizer a opção feita pela legislação.

Por outro lado o povo brasileiro é extremamente religioso e predominantemente cristão ( o que leva à presença do crucifixo). Pois bem, se a opção pelo estado laico prevê liberdade de credo, me parece que isso inclui a liberdade de culto inclusive a símbolos.

E onde mais o sujeito crente sente-se mais aliviado, confortado em suas angústias se não em determinados orgãos públicos.

Liberdade e respeito faz-se ao meu ver mediante a aceitação de diferenças e não a sua ocultação.

Minha sugestão?

Que símbolos religiosos de TODAS as religiões façam parte, sei lá, de um painel oficial colocado nos órgãos públicos!  Daria uma confusão danada eu sei! Muitos iriam questionar a ordem que os símbolos aparecem o tamanho de cada um... qualquer coisa seria motivo de discussão.

Mas ao menos, as pessoas, que são a razão de qualquer estado, veriam sua fé representada e seria ainda um belíssimo exercício de tolerância.

O que vocês acham?

quinta-feira, 1 de março de 2012

Um país em busca de soluções

O Brasil é um país eternamente em busca de soluções.



Somos muito diferentes. Não há muitas semelhanças entre , as populações do Norte e do Sul, do Leste e do  Oeste. Talvez apenas alguns fatos como a paixão pelo futebol.

Os hábitos são muito diversos, os sotaques são quase idiomas diferentes.....

E administrar tamanha diversidade é muito complicado mesmo, para qualquer um.

O fato é que entre erros e acertos ninguém até hoje chegou a uma solução que atendesse a todas as necessidades da nação e de seu povo.

Uma grande esperança foi a de que a Constituição Federal de 1988 atingisse nossos objetivos já que as outras 200 e não sei quantas eram inadequadas. Mas não foi assim

Tem sempre alguém defendendo os avanços que a atual Constituição trouxe, mas também sempre há um número maior de pessoas bradando pelo cumprimento do que ela determina.

Precisamos ser mais sintéticos. A Constituição Americana que é de 1787, tem míseros 23 artigos e estão lá, firmes e fortes, com uma enorme sensação de pertencimento, apesar da crise que atravessam e que nem começou de verdade.As coisas ainda podem piorar e muito. Eles sabem, mas sabem também que podem confiar no respeito às Leis e aos direitos do povo.

Mas como acreditar que em curto ou médio prazo consigamos alguma solução?

Basta esperarmos pelas aberrações que ainda vem pela frente neste ano de eleições municipais.

Como pensar o país, quando diante de uma disputa municipal, até o partido que está no poder maior se enrola todo em coligações que conflituam totalmente com suas ideias e que por insanas e pouco interessantes não se concretizam e são na sequência feitas fumaça, como se não tivessem existido.

Como pensar o país quando atos democráticos como a  escolha de um candidato dentro de um partido é atropelada e deixa de acontecer, ou acontece, com resultado previamente conhecido?

E enquanto isso, coisas que para muitos parecem pequenas vão acontecendo por aí.

Patrimônio público socorrendo o privado, o privado dominando os que mais precisam do público e por aí vai.

Não sei como não admitimos nosso constrangimento em vivermos em uma nação onde bimestralmente um ministro de estado é exonerado. Ou onde ministros nomeados declaram desconhecer o mínimo sobre as atividades do ministério que assumem.

Gente muito capaz, competente e influente, tem navegado pelas redes sociais em um silêncio ensurdecedor sobre muitos fatos escandalosos apenas por fidelidade partidária. E estou falando de TODOS os partidos antes que alguém venha me encher a paciência.

Quando alguém me diz que precisamos pensar no coletivo, fico me perguntando: De que diabos se constitui o coletivo?

Ao meu ver, cabe a cada um de nós, pensar sim no que é melhor para todos. Mas há de se considerar que isso significa abrir mão de comportamentos que visam apenas garantir a continuação de nossa participação em algumas situações e muito menos para manter benefícios pessoais.

O voto é obrigatório. Uma pena. Se fosse livre, o número de eleitores seria infinitamente menor. E isso significaria que quem fosse às urnas iria por acreditar realmente no que está fazendo e não porque alguém lhe disse que deveria.

Se houvesse acerto (bons resultados) o benefício seria para todos.

Se houvesse erros, a "culpa" seria mais bem conhecida, não teríamos como fugir da crítica e culpar os ignorantes, os analfabetos ou os "paus mandados".

Acho que seria mais justo.

E quem sabe assim deixemos de ser um país em busca de soluções....