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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Também tenho um sonho

Assim como Gandhi, Martin Luther King, John Kennedy e tantos outros.

Só que o meu é mais utópico, mesmo porque, quem sou eu, certo?

Também porque o deles era mais focado ali, no seu mundo, na sua cultura. O meu foca essa miscelânea doida que é a humanidade. Uma humanidade de animais que diferem dos irracionais por poder pensar, portanto ponderar antes de tomar decisões.

Para falar disso de uma forma técnica, científica, eu teria que conhecer muito de antropologia, sociologia e história, mas não com esta bola toda, não... então falarei da maneira que sempre falo, de forma intuitiva e até bastante impulsiva. Como um ser humano que quer apenas isso (como já cansei de dizer aqui) que nos tornemos aquilo que somos, pessoas.

Sim, porque entre milhares de notícias de animalidades humanas mundo afora, hoje contou-se a história de uma briga de vizinhos que acabou com dois mortos e um preso. Uma banalidade sem tamanho com consequências inexplicáveis.

Onde será que tudo isso começou? Será que precisávamos chegar a este estado de coisas? Dá prá parar?

Quer ver o tamanho da utopia: eu gostaria que vivêssemos sem fronteiras delimitadas, na base do escambo, com respeito tão grande pela liberdade individual que jamais notaríamos que a cor, as características físicas do outro ou sua opção religiosa (política, sexual, alimentar) são diferentes. Passaria batido, sabe?

Tenho certeza que o hit dos bailes da Pré-História era aquela musiquinha: ado ado ado cada um no seu quadrado...
Mas aí, descobriu-se que o vizinho da caverna ao lado tinha armas melhores e fomos lá buscar.

Aí descobrimos um território mais interessante e fomos lá invadir.

Criamos divisas territoriais cada vez mais rígidas.

A coisa foi crescendo, nosso instinto animal ao invés de arrefecer, cresceu! E nos últimos 20 séculos parece que a coisa só se agrava. Não há Era de Áquário que resolva!

Hoje se tenho dinheiro, influência social ou política, fama ou seja lá o que for que me faça mais destacado que o outro, creditam a mim todos os feitos bons ou ruins, e cuidam DA MINHA VIDA e não da própria. Aí passo de Imperador a rejeitado, de chefe de Estado a responsável por tudo que acontece a minha volta, de modelo famosa a responsável pela anorexia alheia... Meus jatos, barcos e mansões são vistos como objetos comprovadores de minha desonestidade, por mais que eu tenha trabalhado.

Ou seja, impera a desconfiança, o desrespeito e a transferência de responsabilidade a qualquer um que não seja eu mesmo...

Algo precisa ser feito. Precisaríamos aí de uns 2 séculos para amenizar os efeitos de toda uma história de exploração do homem pelo homem. Exploração em geral por ganância, por necessidade de acúmulo de bens materiais, sim, porque esta é a única razão das guerras (mesmo as ditas santas), do tráfico de drogas, da não descoberta da cura de muitas doenças e até da despreocupação com uma educação de qualidade. Sim, porque sem conhecimento, você vai agir como te mandarem, falará o que te ordenarem e agirá conforme a determinação alheia.

Os últimos acordos mundiais, creio eu, podem nos levar a conflitos internacionais importante, já que só há extremistas e inexperientes envolvidos.

Mas, nada disso começou agora. Começou lá no início de nosso desenvolvimento. E embora nos tenham deixado grandes exemplos e frases de efeito , Jesus, Ghandi, Lao Tsé e tantos outros escritores, cientistas, religiosos e até políticos (alguns são pessoas, acredite), parece que quando nos afeta pessoalmente, somos permeáveis e continuamos a valorizar tudo aquilo que só nos trouxe encrenca. Mas, fazer o que?

Eu também tenho um sonho.

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