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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Terapia? Eu? Não, não sou louco!

Terapia???? Eu???? Não, eu não sou louco!

Quem nunca ouviu uma reação indignada, até ofendida como esta, ao sugerir a alguém que busque tratamento psicológico?

É muito comum. E a coisa mais incoerente que se pode dizer.
Aos pacientes resistentes, sempre disse o seguinte: louco não procura ajuda.
O indivíduo que reconhece a necessidade de rever suas atitudes, de pedir ajuda, é aquele consciente de sua importância e de sua influência sobre o meio em que vive.

Quantos casamentos poderiam ter sido equilibrados (melhorados ou terminados) com a ajuda de um terapeuta?

Quantos relacionamentos entre pais e filhos poderiam ter sido mais gratificantes e frutíferos?

Quantas promoções no trabalho alcançadas por meio de uma mudança de atitude?

Quantas vidas seriam mais saudáveis emocionalmente?

Além do preconceito e desconhecimento sobre o assunto, existem sim outros empecilhos. O preço é um deles. Para a maioria é caro e no serviço público ou nas Universidades é muito demorado conseguir uma vaga, e em geral, a questão, quando surge, é urgente. Os convênios oferecem um número insuficiente de sessões... Então, o lance é negociar com o terapeuta!

Também é importante que quem procura terapia, tenha conhecimento da possibilidade de escolher entre as técnicas existentes a que mais lhe satisfaz, a mais adequada ao seu jeito de ser e suas necessidades.

De uns 20 anos prá cá, ficou mais comum, pessoas famosas dizerem aos 4 cantos que fazem 'análise", palavra meio genérica, mas que em geral se refere à Psicanálise, técnica de longuíssima duração, muito eficaz, mas que nem todo mundo leva adiante por tempo suficiente. Porém, existem muitas técnicas no mercado como a Terapia Cognitiva, A Psicoterapia Breve, Lacaniana, Psicanálise Junginiana, Psicodrama.... e também há a possibilidade de escolher técnicas individuais ou em grupo. Aliás, este é outro problema do serviço público, a quase total adesão a terapia de grupo, não adequada para todos os casos, e menos aceita por um grande número de pessoas.

Também já ouvi muita gente inteligente dizendo que isso é coisa de artista que ganha muito e tem tempo de sobra... Nada disso! Realmente, atores tendem a buscar ajuda sim, pois para viver tantas personagens diferentes, eles tem que saber exatamente em que ponto de suas mentes e almas está seu verdadeiro eu, se não, como seria?

Há também as Terapias Alternativas como a Cromoterapia, Técnicas de Relaxamento, Terapias Florais. Todas muito bacanas, mas com as quais há de se ter mais cuidado na escolha do profissional, pois muitos se intitulam terapeutas sem nenhuma base de conhecimento técnico sobre a estrutura emocional humana.

Outra grande confusão, é a busca de um Psiquiatra sem o acompanhamento psicoterapêutico. Psiquiatras são médicos, que hoje, com as drogas contemporâneas ajudam imensamente no controle dos sintomas, mas não das causas. Por isso o trabalho de Psiquiatras e Psicólogos, em conjunto é importante. Um, deve sempre indicar o auxílio do outro, nos casos em que isso trará ao paciente uma recuperação mais rápida.

Sempre digo em palestras ou grupos de treinamento, que uma situação típica de quem começa um trabalho terapêutico, é ouvir dos familiares e amigos que está piorando ao invés de melhorar(rsrsrs). E é verdade. Para os outros. Porque quando você inicia a terapia, passa a dizer alguns nãos inesperados para quem convive com você. E também passa a dizer sim a coisas que lhe fazem bem, mas que eram ignoradas antes em favor dos desejos dos outros.

Por isso, repense e faça repensarem a ideia de que terapia é coisa de louco....

Busque ajuda sim, busque sua integridade humana, torne-se alguém melhor através do auto-conhecimento, da busca de sua plenitude.

4 comentários:

  1. Parabéns!!!!Explicou de maneira clara e de fácil entendimento a importância da ajuda psiquiátrica junto com a terapia que com certeza o resultado vem muito mais rápido.Uma pena que ainda existem mtos preconceitos em relação à esse assunto.Tristeza maior me dá qdo vejo mtos precisando de ajuda e já nem conseguem mais controlar o emocional e a família tda o julga como "vagabundo" por falta de informação.
    Um beijo à vc e o texto está ÓTIMO!!!!

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  2. O ato de se notar como ser social e como parte de uma comunidade é importante. Ser parte de um grupo é notar que em algum momento você pode precisar da ajuda do grupo.

    Ótimo artigo pois sabemos que hoje ianda persiste o dilema dem ujitos de associar erroneamente o psicólogo a loucura. E de que o Psiquiatra deve ser o primeiro a ser procurado.

    Importante ainda dizer que o ser social não deve temer uma conversa com o psicólogo. Deve encarar como uma oportunidade de se reconhecer, de encontrar-se de uma forma diferente. E necessária claro para o equilíbrio de seu ser interior

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  3. Tomates verdes fritos.
    Podemos pensar em mapa de mundo restrito e necessidade de ampliar os horizontes, ver o que tá pegando. O essencial é invísível ao olhos. Tudo que é sólido desmancha no ar. O bom senso nos diz que devemos e podemos ser felizes. Analisar as neuroses, entender as psicoses, controlar as esquizofrenias e sobretudo minimizar o surgimento dessas em suas etiologias, trabalhando questões sociológicas que incidam no psicológico, na auto-estima, harmonia e equilíbrio do ser humano no mundo que ele mesmo constrói e que se deixarmos ele mesmo destruirá. Mais qualidade, menos quantidade. Melhor distribuição dos recursos produzidos por nós e para nós, tudo dádiva de Deus.

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  4. Fico admirado com sua capacidade de simplificar o que é muito complexo.
    E como o exposto é fruto de mudança de postura (aceitação) de uma geração, que não existiu com as que convivi, percebo melhora, incluindo recentemente no aumento no número de sessões pagas pelos convênios e a negociação direta do valor pago ao profissional .
    Estamos evoluindo nesse aspecto.
    Beijo

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