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sábado, 24 de outubro de 2009

Educação

A entrevista de hoje de Paulo Renato de Souza, é indispensável. Com certeza será recorde de carta de leitores na semana que vem tanto as aprovando quanto as de críticas.
O Secretário falou de forma clara e objetiva o que deveria ser visto por todos aqueles que criticam os "baixos" salários dos professores ou as más condições de ensino.
Como um país pode melhorar sem educação? E como se pode educar um país com professores que rejeitam a possibilidade de serem testados em seus conhecimentos? Há algum tempo, num destes testes, a maioria dos professores tirou péssimas notas, e o poder público não pôde interferir graças ao empenho dos sindicatos.
O Secretário fala também na ineficácia dos diretores como gerentes. Concordo. As escolas são empresas complexas, especialmente as públicas. É necessário o treinamento em gestão empresarial e o desenvolvimento das habilidades de liderança. Mas acho que isso, o próprio Estado pode oferecer.
P.R.de Souza também demonstra muita lucidez ao dizer que o conceito de isonomia salarial é uma bandeira superada. Diria q isso é mais verdadeiro ainda quando se pensa em educação. O Brasil tem pressa em melhorar a educação de seu povo. É uma tarefa muito difícil que obrigará os envolvidos a mergulhar em uma luta de mudança em conceitos culturais que hj, são injustificáveis. Eu disse no Twitter q professores são "seres" complicados, sei que isso desagradará alguns mas é verdade. Antigamente (até a década de 60) ser professor era visto como uma grande honra, e isto timha fundamento. Professores eram pessoas que haviam recebido uma excelente formação primária e secundária e no magistério eram levados a lidar com a profissão de maneira respeitosa e responsável. A didática, a filosofia (pura), a psicologia eram abordados de forma ampla, sem a interferência de ideologias de direita ou esquerda. Ao receberem o diploma e começarem a atuar, os professores eram realmente pessoas com diferenciais (inclusive comportamentais) positivos. Os que seguiam na formação universitária então.... nem se fala! Eram especiais. O problema é que o tempo passou, a queda na qualidade da formação dos professores ficou mais do que evidente, o país se viu obrigado a medidas absurdas como a progressão automática, mas, os professores que ai estão, acham que ainda são como aàqueles dos quais falávamos. Com isso, tornam-se arrogantes, não aceitam críticas, e brigam muito mais pela manutenção dos benefícios que a profissão oferece do que pela qualidade de seu trabalho, que acreditam ser boa , embora rejeitem passar por avaliações.
Medidas drásticas eficientes e eficazes devem ser adotadas e acompanhadas de perto caso haja necessidades de adaptação, mas sem perder o foco: educar o Brasil. Será possível?

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